Uma Praia (Norte-)Portuguesa Concerteza! (História Verídica)
Em Agosto fui à praia do Mindelo. É muito típica, tem mar cuja temperatura da água está abaixo do ponto de congelação, areia polvilhada de pontas de cigarros, garrafas do luso e putos a gritar. Mas lá vi algo mais. Por causa do vento que se fazia sentir, eu e as raparigas por quem me fazia acompanhar instalamo-nos na encosta de uma duna. Quando elas se dirigiram à casa de banho (aos pares como mandam os bons costumes), dei por mim a explorar as redondezas. Ora atrás dessa bela duna havia o tão característico "descampado com mato", sempre presente na praia portuguesa, servindo normalmente como "parquingue". O que sucede é que nesse "relvado" aparentemente deserto eu descortinei um vulto de aparência humana agachado em posição fetal. o sujeito apresentava uma tez láctea e parecia estar completamente desnudado. Tornaram-se claras para mim quais as suas intenções: ou era um biólogo naturalista holandês que observava atentamente o impacto da radiação U.V no saltão-da-areia ou era um drogado a cagar. Depois desta breve reflexão, sujeito em causa apercebeu-se da minha presença e olhou-me nos olhos. O seu olhar penetrante transportou-me no tempo, à época em que o Homem vivia em profunda comunhão com a natureza, sem a mácula e a perversão da tecnologia. Aí eu senti uma luz! Também eu queria viver uno com os elementos, sem a conspurcação dos saberes da ciência! Vaguear sem estar atado às regras e aos saberes modernos... Poder correr livremente sem tropeçar na parafernália de objectos criados artificialmente, que nos bloqueiam a visão da natureza, dos seus sons e até seus odores! Então passados cerca de 5 minutos de contacto visual ininterrupto, quando estava prestes a gritar "ensina-me ó sábio estudioso da vida dos países baixos, a ser como tu!", o indivíduo levantou-se, permitindo-me ter uma boa visão do seu traseiro cor de alabastro. De seguida e com um ar incomodado e, quiçá envergonhado, puxou uns calções que jaziam até aí escondidos por entre a relva e desapareceu em passos largos, praguejando. Afinal era mesmo só um drogado com problemas de intestino... (nunca esquecerei aquele cu branquela e a lição que me ensinou...) JMP
3 Comments:
Mas porque a possivel ideia de ser um "biólogo naturalista holandês que observava atentamente o impacto da radiação U.V no saltão-da-areia" ?
Que experiencia e que tu tens com biólogos naturalistas holandêses que observam atentamente o impacto da radiação U.V no saltão-da-areia?
10:09 da tarde, outubro 12, 2004
Para tua informação o meu bisavô paterno um dia calcou um saltão de areia enquanto se passeava com um naturalista holandês desfrutando das radiações UV de um belo sol das três. Tenho dito. JMP
11:59 da tarde, outubro 16, 2004
Reparem nisto: "eu e as raparigas por quem me fazia acompanhar"Ah pois ,aki o nosso joão nao é homem de uma mulher só!! é logo ás duzias ...P.N.
10:10 da tarde, outubro 25, 2004
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