Decisões (História Verídica)

Na segunda-feira, preparava-me para sair de casa, quando uma vez mais tive de tomar uma penosa decisão: "Vou pelas escadas ou pelo elevador?"."É certo que moro apenas no primeiro andar e exercício só me faz bem... No entanto, o elevador tem um espelho e dava-me jeito dar uma penteadela...", pensei.

Debatia-me com esta questão dilacerante quando, ao abrir-se a porta do ascensor, me deparei com algo que não esperava. Delicadamente repousando no tapete e reclinando-se preguiçosamente de encontro ao fundo do elevador, sorria para mim um pequenito "gnomo maroto". Talvez não saibam, mas "gnomo maroto" e "amiguinho comunista" é o que eu chamo ao que é comummente (e rudemente) designado por: "pedaço de cocó", "fezes" ou até mesmo "cagalhoto nojento". Ora esse "amiguinho" (que mais tarde vim a saber que se chamava Paulo) encarava-me de forma provocadora, diria mesmo prepotente. Era bastante grande e era claramente um recém-chegado de ascendência humana.

Fitei-o, impassível. Fechou-se então a porta do elevador. "Vou pelas escadas, exercício só me faz bem", concluí apenas. JMP

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PS: Apraz-me a atenção dedicada ao fenómeno furunculoso da italo-disco, bem como de mexicanos vários, que tão pertinentemente insistem em fumegar. No entanto, relembro que espremer um furúnculo é um artifício delicado, devendo a sua dissecção proceder-se de uma forma pausada, não vá o pus que resulta de tão graciosa ordenha transformar-se em sangue e tão belo furúnculo em chaga aberta.