O meu amigo Epá

“(…) blessed is he who in the name of charity and good will shepards the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother’s keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who atempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee!” – Ezequiel 25/17 ; Samuel L. Jackson ; Pulp Fiction.

Eu não gosto do Epá. Não. O Epá é mau para mim. Sim. Estou fodido. Talvez não. Antes de explicar esta minha situação incómoda (chamemos-lhe assim por agora), vou esclarecer um conceito que me parece pertinente e muito importante para que percebam bem o busílis da questão – O Bullying.
O Bullying, termo nascido nos airosos U.S of A., é o acto de gozar, meter-se com, insultar, deitar abaixo, e recorrer à violência verbal, psicológica e por vezes física, por puro entretenimento. O típico bully é um individuo mais forte, mais alto, que se serve impiedosamente do seu poderio físico para aterrorizar alguém por norma mais baixo, fisicamente mais fraco e consequentemente, incapaz de se defender de tão injusta e desigual investida. Esta actividade tem lugar nos recreios das escolas primárias, básicas e secundárias, e actualmente preocupa encarregados de educação e psicólogos por todo o mundo! O que o vosso estimado colega e amigo de regabofe JPO não sabia é que o fenómeno começou a alastrar-se para as universidades! Sim amigos, o vosso simpático e incapaz de fazer mal a uma mosca JPO tem sido ultimamente incomodado, insultado e inclusive ameaçado por uma besta pseudoacadémica que tem feito de tudo para o tirar do sério!!! Porquê pseudoacadémica? Porque o individuo em causa insere-se na perfeição nessa categoria tão originalmente portuguesa que é a dos AZEITEIROS! Picture this : casaco de couro, que traz todos os dias para as aulas religiosamente (faça chuva ou faça sol); por baixo t-shirt branquinha de tamanho “justo comó caralho”, para mostrar a silhueta musculosa a jorrar azeite por todos os poros ( de referir também as marcas de suor simetricamente dispostas debaixo dos braços); calças de ganga gastas e tão apertadas que se notam perfeitamente as formas do seu (pequeno) instrumento; oculinhos escuros à Neo; cigarrito sempre à mão; peito arrogantemente para fora como o Mama (aquele bisonte que vagueia pela cidade de Braga com um olhar do estilo – “toca-me que eu fodo-te!”) e por fim, a tentativa frustrada de uma expressão facial de engatatão para disfarçar sem sucesso a cara que tão jocosamente Deus lhe deu – a cara de cu à paisana!
Este ser de nome de praxe Epá (não, o nome não é castigo suficiente), natural da simpática região de Riba d’Ave, usa expressões como “moço”, é um adepto orgulhoso e ferrenho dos Aillerons Matias e das Jantes Carvalho e fala/comunica com a elegância de um camião TIR. Tem portanto o modus operandi de um azeiteiro e… de um bully…
Pois é, e nos últimos tempos o vosso “intrépido Spiff“ tem lidado com tal Neanderthal, que já chegou ao ponto de lhe bater na cabeça com a mão e, mais recentemente, com uma caneta!!! JPO ficou estarrecido, estático, mesmo incapaz de esboçar qualquer reacção que não a de total incredulidade (estampada na cara de um anjo)… Eu sei, eu sei, devia ter tido uma reacção mais normal, como espetar-lhe duas (não uma mas duas) solhas naquele focinho feio, nojento e mal-encarado!!! Mea culpa.
Como diria Bonnie Tyler, “I need a Hero”, um Super-Homem, um Incredible, já sei, um Captain Planet (lembram-se?)!!! Mas já me contentava com um Samuel L. Jackson de fato preto, um big bad motherfucker com attitude issues, que soubesse citar a bíblia e de preferência, que tivesse uma valente pistola para endereçar um balázio nos cornos do animal!!! “for he is truly his brother’s keeper”…
JPO
P.S - qualquer semelhança deste texto com a vida real é pura verdade!!! HEEEEELP!!!